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Marinha Grande em festa

Foi em ambiente de festa que, na Marinha Grande, se assinalou o 27º aniversário da elevação a cidade de Marinha Grande, Fundão, Montemor-o-Novo e Vila Real de Santo António, no dia 11 de março.

A cidade vidreira foi a anfitreã das comemorações que reuniram representantes de entidades dos quatro municípios, nomeadamente presidente da Câmara, presidente da Assembleia e vereadores da Marinha Grande; presidente da Assembleia Municipal do Fundão; vice-presidente da Câmara de Vila Real de Santo António; vereadoras das câmaras de Fundão e Montemor-o-Novo; presidentes das Juntas de Freguesia dos quatro concelhos; e os cerca de 200 alunos e professores participantes no projeto “À Descoberta das 4 Cidades”.

 

As comemorações tiveram início cerca das 10h00, com atividades de animação para as crianças participantes no projeto “À Descoberta das 4 Cidades”. Ao início da tarde foi apresentado o Guia Turístico do Concelho (versão em língua inglesa) e o livro “Bicharada & Ervas das 4 cidades”, no Foyer da Casa da Cultura. Este ano, o Jardim Stephens foi o cenário escolhido para hastear as bandeiras dos quatro municípios, a entoação do Hino Nacional e do hino “O Caracol da amizade” do projeto “À Descoberta das 4 Cidades”.

O presidente da Câmara da Marinha Grande, Álvaro Pereira, recebeu um presente simbólico de cada concelho visitante, momento após o qual atuaram dois músicos do grupo de percussão “Tocándar” a partir da varanda da Biblioteca Municipal.

 

Seguiu-se a cerimónia oficial, realizada na Casa da Cultura Teatro Stephens onde, pela primeira vez na história das comemorações do aniversário da elevação a cidade, estiveram presentes os participantes do projeto “À Descoberta das 4 Cidades” pela facilidade de acolhimento de todos os presentes.

O presidente da Câmara Municipal, Álvaro Pereira, deu as boas-vindas a todos os presentes, recordando que “no dia 11 de março de 1988, a Vila da Marinha Grande foi elevada à dignidade de Cidade, assim como as Vilas de Fundão, Montemor-o-Novo e Vila Real de Santo António, hoje «Cidades Irmãs», unidas por um projeto de Geminação que visa a cooperação e fortalecimento de laços sociais, económicos e culturais”.

Álvaro Pereira admitiu que “fomos e somos Cidades com um potencial económico e industrial” e “com um vasto património arquitetónico e natural ora edificado pelas sucessivas gerações e de que hoje somos herdeiros, ora oferecido pela própria Natureza geográfica do nosso território que nos comprometemos preservar, integrando-o na nossa realidade sócio-económica”.

É também comum serem “Cidades berço de Homens e Mulheres cujo trabalho e memória é património não apenas nosso como da Humanidade: Eugénio de Andrade (Fundão), António Aleixo (Vila Real Santo António), São João de Deus (Montemor-o-Novo) e o não menos ilustre Marinhense, Joaquim Correia, entre tantos outros, estão inscritos no Livro de Honra das Personalidades que marcaram e marcam, cada um a seu modo, a História da Cultura e da Sociedade Portuguesa”.

O presidente da Câmara Municipal salientou o desejo de “podermos ser Cidades mais prósperas e Cidades onde as desigualdades sociais e económicas sejam cada vez menores” e “plenamente reconhecidas e integradas no contexto político e social nacional, contra a discriminação e o isolamento de territórios; e ao mesmo tempo Cidades integradoras, capazes de acolher e crescer com a diferença que nos aportam as novas realidades sociais e económicas”.

Álvaro Pereira deixou o alerta de que “é preciso que as nossas Cidades sejam mais proativas na procura e no incentivo à implementação de pequenas e médias empresas que correspondam ao perfil dos nossos territórios e assim explorem e potenciem o que é nosso”.

“O desafio da sustentabilidade económica e financeira passa assim também por ser capaz de dar um contributo eficaz para a inversão seja da taxa de natalidade seja dos fluxos migratórios da população mais jovem e mais qualificada”, acrescentou.

Outro desafio a enfrentar “é o de garantir aos Munícipes um Serviço Público mais eficaz e mais eficiente, o que neste momento está a ser posto em causa com a nova Lei de transferência de competências do Governo central para as Autarquias, sem que haja a correspondente transferência de recursos financeiros, e na ausência destes, sem os recursos humanos necessários”.

Por fim, admitiu a necessidade de “abraçar o maior de todos os desafios: o de uma democracia e uma cidadania participativa plena e efetiva”.

Concluiu dizendo: “com 27 anos, somos Cidades ainda jovens. E como qualquer jovem, encerramos a promessa de um futuro maior e feliz. Uma promessa que, no entanto, só será realizada se formos capazes de unir os nossos Cidadãos, e de nos unirmos como Cidades verdadeiramente Irmãs, para este caminho comum, na certeza porém de que o caminho se faz caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual nos pusemos a caminhar”.

Seguiu-se a intervenção da vice-presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, Conceição Cabrita; da vereadora do Fundão, Alcina Cerdeira; e da vereadora da Câmara de Montemor-o-Novo, Palmira Catarro.

A festa do 27º aniversário das quatro cidades terminou com um concerto dos músicos Nuno Brito e João Miguel, que contaram com a forte interação das crianças.