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CENTRO INTERPRETATIVO DE ARTE XÁVEGA É TRIBUTO À IDENTIDADE DA PRAIA DA VIEIRA

O Centro Interpretativo de Arte Xávega e Cultura Avieira, na Praia da Vieira, foi inaugurado na manhã desta terça-feira, 16 de abril de 2024, na presença de mais de uma centena de pessoas, entre muitas entidades locais e regionais, que assistiram ao resultado das obras realizadas pelo Município da Marinha Grande e que representaram um investimento superior a 600 mil euros, cofinanciado pelo Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas, do Programa MAR 2020.

Este Centro Interpretativo, no seu conjunto, é formado por duas componentes: o espaço de acolhimento dos visitantes e exposição dos meios audiovisuais sobre a Arte Xávega e Cultura Avieira, que ocupa o espaço do pavilhão 1; e os espaços “vivos” de apoio à Arte Xávega nos outros 3 pavilhões, com a sua utilização pelas companhas, dos seus apetrechos das artes da pesca tradicional da Arte Xávega, dos seus barcos, onde será possível aos visitantes presenciar as tarefas e meios envolvidos e partilhar no local as atividades que os pescadores desenvolvem em terra, complementarmente à faina no mar e na praia.

Na inauguração, o presidente da Câmara Municipal e simultaneamente presidente da ADAE - Associação de Desenvolvimento da Alta Estremadura, Aurélio Ferreira, manifestou a sua “grande emoção”, por” celebrarmos um marco histórico para o nosso concelho e, em particular, para a Praia da Vieira”. Este projeto “representa um tributo à identidade cultural da nossa região, especialmente da Freguesia de Vieira de Leiria, ao preservar, valorizar e promover a riquíssima Arte Xávega e a Cultura Avieira. É a materialização de uma memória coletiva única!”

Aurélio Ferreira admitiu que “o Centro Interpretativo não é apenas um espaço físico, mas uma promessa de preservação e transmissão de conhecimento às gerações futuras. Será um local de memórias, de aprendizagem e de celebração da nossa história e tradições”.

O presidente Aurélio Ferreira recordou o quão desafiador foi o processo de desbloqueio daquela construção, “repleto de obstáculos que exigiram determinação e esforço: da obtenção das autorizações necessárias até à resolução de questões burocráticas, só com perseverança e cooperação, superámos cada adversidade”. Agradeceu, por isso, a todas as entidades e particulares, que permitiram a concretização deste equipamento e “por tornarem este sonho uma realidade”.

A gestora do Programa Mar 2020, Dina Ferreira, esclareceu os benefícios desta linha de financiamento, que “foi o programa com maior impacto no setor”, tendo apoiado 3500 empresas dos setores da pesca, agricultura e transformação, “com intervenções conexas e estruturadas que fazem a diferença no território”. No caso do Centro Interpretativo, “tem o fim comum de captar novos públicos a esta praia e a esta intervenção”.

Dina Ferreira informou que o novo Programa Mar 2030 vai reforçar as atividades de pesca sustentáveis do ponto de vista económico, social e ambiental; aumentar a eficiência energética e reduzir as emissões de CO2 mediante a substituição ou modernização dos motores dos navios de pesca; e promover o ajustamento da capacidade de pesca às possibilidades de pesca”.

Em representação da ADAE, Alcina Costa, apresentou a estratégia ADAE Mar 2030, que envolve 52 entidades públicas e privadas e prevê um apoio de 1,95 milhões de euros, para o período de 2023-2027, assente na visão “de um território próspero para todos, em que a economia rural e a economia azul complementam e enriquecem a dinâmica dos setores industrial e dos serviços”.

Na sessão de inauguração, houve ainda lugar para Augusto Penela, beneficiário do Mar 2020, apresentar o seu projeto “Dar vida ao Rio Lis”.

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